12 de novembro de 2012

Review | Grey's Anatomy - S09E05 - Beautiful Doom




Eis que o passado volta para assombrar, mas tráz consigo um aprendizado inesquecível.

SPOILERS A SEGUIR:

São tantos os acontecimentos em Grey's Anatomy que, quando um episódio se inicia mostrando o lado "mãe" de Meredith, até chegamos a estranhar. É tão agradável as cenas cotidianas que eu até pensei: "Poxa, eu passaria 43 minutos vendo um episódio só mostrando o que eles fazem quando não estão no Seattle Grace". Mas como alegria de fã dura pouco, logo Shonda cria um gancho para um dos mais lindos episódios da série.

Meredith sai correndo de casa, atrasada. O interessante é a divisão da tela nas atuações de Meredith e Yang. Como as duas passam quase todo o tempo do episódio conversando via celular, a tela é dividida na vertical e até um efeito sonoro foi utilizado para ilustrar tais passagens (um leve eco). No caminho, Meredith presencia um acidente e corre para auxiliar a vítima. Um carro atropela uma ciclista, Melissa, que se encontra com parte do tórax debaixo de uma das rodas do veículo. É impossível não fazer a ligação direta com Lexie, que também teve parte do corpo esmagado por um pedaço do avião. As pessoas ao redor apenas olham, enquanto Meredith desesperado busca por ajuda para tentar mover o carro e salvar a vida de Melissa. Buscando não se envolver com qualquer complicação que o acidente possa vir a causar na vítima, as pessoas se afastam, o que faz com que Meredith se desespere e grite, dizendo que, caso Melissa venha a falecer, todos seriam responsáveis por estarem apenas olhando. Assim, todos se esforçam e movem o carro. Melissa é socorrida e levada para o Seattle Grace.

Yang continua vivenciando o dilema entre Dr. Thomas e Dr. Parker. Com um caso bem complicado, ela e a múmia Dr. Thomas pensam na melhor maneira de realizar a operação, sem que a vítima venha falecer. Será necessario realizar duas operações. Detalhe para a moça que será operada e seu namorado: eles são pessoas que se preparam para o dia do apocalipse/fim-do-mundo/doomsday (alguém aí disse 21/12/2012?). Enquanto isto, Parker tenta intimidar Thomas para que ele deixe o hospital, dizendo que o considera uma ameaça aos pacientes (aquela história de que Dr. Thomas teria técnicas bastante arcaicas, as quais já não são mais consideradas viáveis nos dias de hoje). Como se não bastasse, Parker usa Yang para convencer Thomas disto, o que a deixa em panos quentes, com ambos. Sim! Yang voltou a ter "coisinhas" com Parker, o que me pegou de surpresa já que no episódio anterior ela deixou claro que tinha cortado o pouco da relação que tinha com ele. Yang se vê num paradigma, já que se afeiçoou muito a Thomas e tenta persuadir Parker de que ele deveria dar uma chance a Thomas, mas este se mostra inflexível.

No Seattle Grace, Meredith faz o impossível para salvar Melissa. Webber surge e diz que ela se envolveu mais do que deveria com o caso da paciente, por esta ter a mesma idade e apresentar as mesmas condições do acidente que Lexie. Zola passa de Callie para uma interna, para Karev e depois para Owen, enquanto Meredith está imersa nas preocupações de não deixar Melissa morrer. Bailey tenta chamar atenção de Meredith, já que toda a UTI ouve Zola chorar, querendo a mãe. Ah sim, Zola não conseguiu ficar na creche, já que apresentou um pequeno caso de febre (vemos aí que a creche prefere tirar o corpo fora da parada né? rs). Desta forma, Meredith e Yang continuam cuidando de seus pacientes, no mesmo esquema de tela dividida e conversa via cellphone.

Enquanto Meredith tenta com alguns internos, a todo custo, encontrar o vasamento de sangue no corpo de Melissa, Yang e Dr. Thomas brincam durante o procedimendo da segunda operação de sua paciente. Meredith passa por momentos de grande tensão, já que não encontrava de forma alguma o local com o rompimento, e Melissa continuava a perder muito sangue. Ela enfim consegue conter o vasamento e eis que nos deliciamos com uma cena pra lá de inusitada (e tão divertida de se ver): "Okay, todos parem agora. 30 segundos da dancinha feliz. Agora! Se você não dançar, eu te demito!". Sim, Meredith e os internos começam a dançar, para comemorar e aliviar a tensão do momento. Quão singular foi esta passagem! Realmente, me ganhou. Já do outro lado, o que parecia estar sendo perfeito, acaba se transformando em escuridão (não me diga!). Durante a operação, Yang pergunta algo a Thomas, que permanece em sua posição, imóvel. Ela continua chamando por seu nome, e ele, lentamente, ergue a cabeça, e cai para trás. Alguma artéria da paciente se rompe e jatos de sangue voa pela sala. Dr Thomas está no chão, Yang grita para alguém ver como ele está, enquanto continua a cirurgia. Infelizmente, Thomas morre.

As duas cirurgias terminam bem, e Yang tem insights de conversas que teve com Dr. Thomas, o qual mostra, novamente, o grande amadurecimento desta personagem tão fantástica! Thomas diz da grandeza e potencial que Yang tem como cirurgiã, e esta, passando pelo corredor com médicos e enfermeiros, evita as condolências de Parker, seguindo direto sem olhar para o lado. Meredith é chamada na sala de Melissa e esta diz se recordar de tudo, de que Mer esteve no local do acidente e salvou sua vida. Meredith internaliza, naquele momento, o luto por Lexie. Já em casa, a campainha toca, e adivinhem? Yang! As duas se abraçam, sorriem e Meredith termina dizendo: Lexie está morta. Yang completa: Sim, todos estão mortos. Fantástico como é poético e subjetivo este breve momento. Shonda, para mim, buscou retratar que finalmente Yang e Meredith superaram o acidente, elaboraram o luto de todos aqueles que se foram e agora, estão livres. Para mim, foi um dos episódios mais brilhantes e "humano" já criado. Aguardemos pois, ansiosos, por Grey's estar mantendo o nível incrível que sempre teve.

Até a próxima!


E você? Gostou do episódio? Concordou ou discordou da opinião? Deixe o seu comentário aí embaixo e exponha a sua opinião também.
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Fabrício Raito Geek, Gamer, Serie-a-holic, Cinéfilo, viciado em livros e música e em comprar mangás, Otaku e apreciador da cultura oriental. É psicólogo, tem mania de organização e necessidade de sair criando coisas. Lápis e papel na sua mão se tornam um universo paralelo sem limites.

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