Critica | Abraham Lincoln: Vampire Hunter

Nossos presidentes nunca seriam tão fodas quanto Abe foi....

Antes de falar alguma coisa, quero deixar claro que não li o livro e vou basear a critica somente ao que foi posto na tela, independente da história original, ou seja analisarei como um filme e não como uma adaptação.

Abraham Lincoln: Vampire Hunter era um dos filmes que eu mais aguardava esse ano, é uma pena que ele acabou não empolgando tanto quanto eu gostaria, não que isso faça com que seja um filme ruim, mas pela premissa apresentada ele poderia ser muito melhor acabado.

A história se inicia na infância de Lincoln e achei uma forma bem acertada de introduzir a personalidade do personagem, mostrando o seu afeto com os negros e a sua relação com seus pais, a vida humilde da juventude fio bem explorada e cumpriu o seu papel de nos fazer se importar com a jornada que virá, porém com o desenrolar da história parece que o diretor Timur Bekmambetov (Wanted) não sabia muito bem pra onde queria levar a história, fazendo com que tivéssemos apenas um grande amontoado de boas cenas, porém sem uma fluidez entre elas, dando a impressão de que tudo estava muito corrido e com as relações sendo feitas de forma automática e não crível, tudo bem, sei que é um Blockbuster mas isso não é desculpa para o minimo de refinamento no desenvolvimento dos personagens.

Porém quando a ação acontece somos presenteados com belas cenas de lutas e com o machado mais Motherfucker, é quase como um personagem coadjuvante tão importante que chega a dar uma dor no peito quando vemos ele ser partido sem dó nem piedade, assim como sentimos a destruição do DeLorean em De Volta Para o Futuro III. Com as ações promocionais focando bastante na arma do Mr. President já havia um certo apego por minha parte e acabou sendo importante também para a história pois é através da "aposentadoria" do machado que Lincoln decide que não é somente através da lâmina que ele pode fazer a diferença e assim ele parte pro capitulo da história que todos conhecemos.

Mas, mesmo com todo o fascínio que uma história fictícia envolvendo personalidades reais pode causar,  Abraham Lincoln: Vampire Hunter não se sustenta como filme, a narrativa fraca e com desempenhos de atuação que deixam a desejar em vários momentos, me vi entediado durante grandes partes dos diálogos e eram vazios e sem foco, talvez pela edição que não estava bem acertada ou pelo desenrolar do roteiro não sei explicar ao certo, a atenção só era maior quando a ação começava e os malabarismos com a machado me chamavam para a tela.

 Abraham Lincoln: Vampire Hunter cumpre o seu papel de entreter, porém com muitas ressalvas e sem a empolgação que um filme que envolve vampiros e machados deveria proporcionar, e nem vou comentar como o fato dos vampiros andarem durante o dia me incomodou pois acho que isso é auto-explicativo. Tivemos muitas boas idéias (gostei do fato de vampiros não poderem matar outros vampiros), um plot twist bem canalha e previsível, mas analisando o filme como um todo ele acaba sendo um bom filme pra se ver nas várias reprises que terá na tv a cabo, assim como Van Helsing foi na sua época.

NOTA:

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 Thiago Feitosa é apaixonado por cinema, games, quadrinhos e muitas outras coisas. Formado em administração, criou o Dark Defender World e está falindo por causa disso.

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