2 de outubro de 2012

Didiabolic | Janela Indiscreta

Oi pessoal, tudo bom?

Então, eu tenho assistido uns filmes bem ruins nos últimos tempos, aí resolvi voltar para a lista que eu costumo seguir dos Melhores 250 Filmes do IMDB, porque é certo de ter filme bom.


Hoje eu vou falar de:

Janela Indiscreta (Rear Window) - 1954

Um fotografo profissional está confinado em seu apartamento em Nova York graças a uma perna quebrada, para passar o tempo ele observa de sua janela o dia-a-dia de seus vizinhos através da lente de sua câmera. Em virtude de alguns acontecimentos, ele passa a suspeitar que um dos vizinhos matou a esposa e escondeu o corpo, a partir de então começam as infindáveis suposições de como teria ocorrido o assassinato.



Com direção do genial Alfred Hitchcock, Janela Indiscreta é com certeza um filme bastante peculiar, o que é clássico do diretor. Um enredo simples que se desenrola de forma intrigante. Hitchcock, como grande mestre do suspense que é, nos faz supor várias hipóteses juntamente ao personagem.

Uma das características dos filmes do Hitchcock são as suas despretensiosas aparições, em Janela Indiscreta ele aparece aos 26 minutos ajustando o relógio de um dos vizinhos.Todos os filmes dele que eu assisto, fico na ansiedade de vê-lo em alguma cena, mas raramente o reparo desavisada.

Interessante a forma de filmagem, porque você tem total sensação de estar observando realmente os outros apartamentos, o jogo de câmera é basicamente o mesmo, só existem dois cenários, o apartamento do fotografo e a visão que ele tem dos outros prédios, Hitchcock nunca sente a necessidade de colocar muitos personagens. Nesse filme acho interessante que alguns nem tem nomes reais, só o apelido que o fotografo colocou.

Outra coisa que eu acho legal ressaltar é a ausência de diálogos muito longos, onde o cineasta busca estabelecer uma conexão de imagem, iluminação e trilha sonora. Boa parte do filme, o fotografo encontra-se sozinho em seu apartamento, mas o jogo de câmera das cenas e da expressão facial do ator deixam totalmente explícito os seus pensamentos, fazendo com que o público interprete junto com o personagem.

Merece destaque a linda diva, Grace Kelly, em seu auge da beleza como a noiva do fotógrafo, uma das poucas personagens próximas ao ator principal.

Acho que o filme só pecou em seu clímax, onde as situações se resolvem de forma meio apressada, contrariando toda a lógica antes apresentada.

Diferente das tramas atuais com enredos já massificados, Hitchcock permite que o espectador pense e tire suas próprias conclusões durante o filme. Uma obra sem grandes efeitos visuais, sem carnificina, mas um suspense em sua mais pura forma.

Um filme que vai às profundezas da intimidade do lar para mostrar como somos vulneráveis a interpretações
alheias.

 

Nota:


E você? Gostou da coluna? Concordou ou discordou da opinião? Deixe o seu comentário aí embaixo e exponha a sua opinião também.
_________________________________________________________________________________

Didi é estudante de design, nerd assumida, leitora compulsiva, gamer incorrigível, cinéfila das boas, musicalmente eclética, adora longos passeio ao luar!

0 comentários:

Share

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More